28/06/2010

Uma voz chamando meu nome

Júlia Câmara

"(...) Me ofereceu alguns biscoitos e em seguida perguntou o que me trazia ali mais cedo do que o normal. As borboletas no meu estômago começaram a rodopiar novamente, só ao mencionar aqueles momentos. (...)"

27/06/2010

Distâncias

Matheus Marins Alvares

"(...) A distância entre os pensamentos diminuía. Entre os corpos, aumentava constante. A distância que separava o pensamento dos dois foi extinguindo, extinguindo, até que cessou de haver. A dos corpos foi aumentando, aumentando, até o infinito de nunca mais. (...)" Leia aqui

Bem que eu gostaria de...

Júlia Robadey

"(...) esquecer essa madrugada. As lembranças do que havia acontecido permaneciam impregnadas na minha mente. Eram flashes atordoantes. E eu ainda não tinha plena certeza do que acabara de ocorrer. Ou, o que era mais provável, eu não queria acreditar. (...)" Leia aqui

Falo de um lugar que não cabe aqui

Letícia Rossignoli

"(...) Mas recusamos, às avessas, o convite da transcendência. O sentimento que nos toca não tem origem no deleite, mas não convêm dizer que é amargo. Por que não deixamos que esse momento se estenda? Comungar com algo que não requer de nós nenhuma linguagem oral ou corporal, é gratuito. (...)" Leia aqui

Minhas viagens

Amanda Cinelli

"(...) Naquela semana, ganhei a primeira mala que me acompanha até hoje. Sair do eixo nunca me pareceu incorreto, se eu estivesse com ela. Quadrada, larga, marrom e de couro, ela nunca perdeu o cheiro de álcool da primeira vez. (...)" Leia aqui

23/06/2010

Bem que eu gostaria de...

Viviane Roux

"(...) de ser menos humana e mais ciência exata. Leve, solta, rir de desgraça, rir de filme bobo, cult-pseudo-intelectual, rir de nada. Gostaria de morar perto do mar, ter uma criança pra olhar, um amor, melhor quatro amores, um para cada estação do ano. (...)" Leia aqui

22/06/2010

Cabelos vermelhos

Letícia Rossignoli e Natalia Dias

"(...) Ela saía do bar, andava até o ponto de táxi, entrava dentro de um carro e ia até outro bar, em outro bairro da cidade. Se sentava, pedia um drink e o jogo recomeçava. Os cabelos ruivos até os ombros, a coluna ereta não deixando-se reencostar, a cabeça em riste e o olhar firme, forte, convidativo, eram os mesmos. (...) Leia aqui

Três músicas

Leonardo Bortolin Bruno

"(...) Tudo foi transformado em vida, tempo e minuto. E a cada sonho, novas músicas. O azul do céu, o verde do campo e a presença de Deus faziam parte das três valsas. As valsas da alma.” Leia aqui

Aproximações

Amanda Cinelli

" (...) No alto do 12º andar parecia ainda mais fácil. Mais próximo das nuvens, mais distante do concreto, mais próximo do vento, mais distante de você. Tinham 4 grandes nuvens na minha cabeça naquele dia. (...)" Leia aqui

Três músicas

Matheus Marins Alvares

"(...) Euforia, calor e conforto o fazem mesmo se sentir Just Like Heaven. O mundo pende por um fio no qual ele dança, sapateia, salta e urra aquilo que lhe apraz aos três ventos que saem do ventilador. O que vem depois não importa, pensa. O que vem depois é a poesia nos versos de Arnaldo Antunes. (...) Leia aqui

Três músicas

Júlia Robadey

"(...) Era uma música tranqüila que dava uma certa nostalgia. Em ambos. A voz delicada da cantora ecoava na sala de uma maneira que envolvia aos dois. Eles se olham. Aquela música era sinestésica, tinha cheiro de terra molhada.(...)" Leia aqui

21/06/2010

Começar de novo

Viviane Roux

" (...) Ao sair todos os dias no sol, chuva, ao me submeter a esse processo que chamam tempo, reparei que a máscara foi caindo. A ruga da boca se desfez, revelando um sorriso inteiro, havia tanto tempo que só o dava com um lado da boca. (...)" Leia aqui

20/06/2010

Despedida

José Leonardo Tadaiesky Batista

"(...) Ele – Mas nós já conseguimos fugir.
Ela – Mas não temos mais nenhum dinheiro. O melhor é eu sumir... e você voltar a morar com ele.
Ele - O quê? (Pedro se levanta) Você vai me mandar de volta para ele?
Ela – Você só tem dezesseis anos, Pedro, não pode ficar aqui sozinho. (...)" Leia aqui

15/06/2010

O tempo que jamais vou esquecer

Isis Mesquita

"(...) Eu gostaria que o tempo tivesse pausado ali, ou que eu tivesse aproveitado mais aqueles momentos, eu me culpo, confesso que sim. Deveria ter ficado mais tempo com todos eles. Mas não havia como imaginar o que estava me esperando na primavera seguinte. (...)" Leia aqui

13/06/2010

Onde estavam minhas estrelas?

Amanda Cinelli e Lana Mayer

"(...) Infelizmente não era filme, era minha vida e os dias não passariam em takes de um segundo como normalmente. Tentava me acostumar com a idéia de viver quinze vezes vinte e quatro horas. Eram trezentas e sessenta horas para tentar respirar do mesmo jeito que respirava antes, e então começar uma vida que não me pertencia. (...)" Leia aqui

12/06/2010

Hadija, em Istambul

Viviane Roux e Leonardo Bortolin Bruno

" (...) Voltei para o calor de Istambul. O canto do pássaro foi se tornando imperceptível, misturado aos sons da cidade. De repente, o perco de vista. Olho para todos os lados até que ouço um som familiar. Corro, corro demais, corro. Primeiro, vi as mãos, acariciando as cordas. Depois, o cabelo escuro e, por último, os olhos marejados. (...)" Leia aqui

11/06/2010

Diante de mim, a procuradora

Fernanda Pôrto

"(...) Coagida e alerta. A mulher da ação cumprimentou-me polidamente. A procuradora olhou-me inquieta. Gaguejou. Argumentou que há muita mentira envolvida, que alguns a invejavam e estavam tentando prejudicá-la ferozmente. Engraçado. O comentário não mencionou a criança. Não ouvi nada no sentido de: “Eu jamais faria isso, é a minha filha!”. A ausência da preocupação de quem conhece o amor e a capacidade de amar soou como um veredicto. (...)" Leia aqui

Encontro marcado

Isis Mesquita

"(...) Neste mundo desconhecido, fiquei tensa de novo, desesperada era a melhor palavra. Dei um sorriso involuntário de tensão, no qual só a sua boca sorri, um daqueles bem amarelados, enquanto o seu olhar fica perdido e louco, assim como imagino que eu estava. (...) " Leia aqui

Sou um cordeiro

Leonardo Bortolin Bruno

"(...) Certa hora do dia, alguém com mais poder que nós leva-nos para um passeio no campo. É nesse momento que nos sentimos melhores, pois conseguimos andar mais e com espaço para nos deliciar na grama. Mas é nessa hora também que vemos como somos cordeiros no meio de um rebanho. Bate a sensação de estarmos sendo vigiados e a sensação de ilusão daquele passeio. (...)" Leia aqui

09/06/2010

A história de Sofia

Júlia Robadey

"(...) Não havia mais em Sofia a pureza de antes. O que era uma doce lembrança virou obsessão. Ela não conseguia se livrar do passado, do tempo em que esteve junto ao seu pai. A necessidade de reviver aqueles momentos era uma questão de sobrevivência. Sua vida baseava-se nisto. Nada mais, nada menos. (...) " Leia aqui

Cedo ou tarde, no verão

Júlia Câmara

"(...) O sol daqueles dias ainda permanece intacto e brilhante. Se esforçando e lutando para reacender a chama que iluminará para sempre meus dias. Me sinto um pássaro recém-nascido, que caiu distante do ninho e que precisa se salvar dos perigos, ao passo que espera crescer para viver sem medo. Sempre com a intenção de poder voar e enxergar tudo de outro plano. (...)" Leia aqui

A vida bate

Thiago Lopes de Freitas

"(...) Mas o tal poema do Gullar não saía da minha cabeça. Revirei meu corpo para tudo que era lado da cama. Estava incomodado e fui ler o poema novamente. Aproveitei que já passava das 2 da manhã e o silêncio reinava. Ao ler, espantei-me. Palavras como homem, vida, fome, busca, amor, cidade, refúgio, se misturavam num belíssimo arranjo poético."(...)" Leia aqui

O Del-Rey 87

Letícia Rossignoli

"(...) Fecho a porta. Escuto passos nas escadas, desço correndo. 'Talvez dê tempo de alcançá-lo', penso eu. Quando chego à rua, vejo-o entrando no carro, o seu Del-Rey ano 87. Ele entra, não olha para trás e eu faço força para ir ao seu encontro. Minhas bochechas tremem quando corro e fico repetindo com uma voz fraca e sôfrega: 'Espera, espera'. (...)" Leia aqui

Está na hora, já posso senti-lo

Matheus Marins Alvares

"(...) Tento me espreguiçar, mas minhas mãos estão amarradas aos meus pés de forma grotesca, não sobrando nenhum espaço entre esses membros. A posição que sou forçado a fazer me projeta para frente, me colocando de cara com o chão, sem poder sair dali, como uma tartaruga de ponta cabeça. Tenho a boca lacrada também, então apenas posso ouvir. (...)" Leia aqui

 
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